Saúde
Pessoas idosas também podem ter uma vida sexual ativa
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Envelhecer não significa perder a sexualidade ou deixar de praticar sexo. A sexualidade na velhice vai além das questões biológicas e inclui fatores psicológicos e sociais, pois mesmo com as alterações do corpo, a mulher mantém sua capacidade de sonhar e de desejar outra pessoa. Por isso, a sexualidade na terceira idade deve ser tratada de forma natural e descomplicada para ajudar as mulheres a manter o cuidado com o próprio corpo. E isso que explica a coordenadora de Saúde do Idoso do Ministério da Saúde, Cristina Hoffmann.
“Quando a gente fala de sexualidade não necessariamente se limita só ao ato sexual. Então a sexualidade pode estar representada de outras diferentes formas, seja em um afeto, em um carinho, em um afago, no namoro e, também, no ato sexual. Então é uma questão importante porque a mulher precisa também ter os cuidados com a sua saúde sexual indo frequentemente ao ginecologista, procurando serviço de saúde quando tiver alguma dúvida, buscando com isso também se cuidar né!? O autocuidado é extremamente importante”.
Como o cuidado sexual em mulheres na terceira idade é um assunto, por vezes, permeado por muitos preconceitos, é preciso que mesmo os profissionais de saúde fiquem mais atentos às possíveis dúvidas e anseios das mulheres, como explica a coordenadora de Saúde do Idoso, Cristina Hoffmann.
“Um profissional que, quando não pergunta sobre como está a ‘sua vida sexual’ a uma mulher, porque ele pode partir do pressuposto de que a mulher, por ser uma mulher idosa não tem uma vida sexual ativa, ele vai deixar de orienta-la, de esclarecer dúvidas que ela pode estar tendo ou de resolver problemas que ela pode estar vivendo e, que por não ter as abertura, não vai se falar sobre o assunto”.
A prática sexual na velhice, muitas vezes, é ignorada pelas próprias pessoas idosas, o que dificulta a prevenção e o tratamento de problemas como disfunção erétil, vaginismo, Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis. Nesse sentido, é preciso tomar um cuidado extra, pois na última década, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) têm afetado a saúde dos idosos, principalmente pela ausência do uso de preservativo.